
A minha vida não tem sentido
Todos os meus dias tem defeitos
Todas as asneiras eu transgrido
Todos os meus erros são perfeitos
.
Todos os demónios eu convido
Festas negras, transbordam os leitos
Meu pesadelo é concedido
Nenhum dos meus dias tem efeitos
.
Sentada, sem ti a imaginar
Com vontade de tudo desistir
Cansada de assim continuar
.
Meu mundo não se irá construir
Mas sim, em breve irá acabar
Um livro que eu quero concluir
Pois cá estou eu...
ResponderEliminarDe facto devo dizer que estou maravilhado com todo o talento que estou a descobrir neste “Anjo Negro”.
Quando tenho que fazer uma apreciação sobre a poesia de alguém, sobretudo alguém que conheço e estimo, é-me sempre muito difícil ser verdadeiro.
Contudo, este “Anjo Negro” facilita-me a vida, uma vez que todo o talento com que pega no lápis para fazer um soneto, para tentar transmitir aquilo que lhe vai na alma, é de tal forma límpido e verdadeiro que não me incumbo de classificar como algo de perfeitamente extraordinário.
Devo alertar-te, caro “Anjo Negro”, que esta forma de transmitir o puro sentimento, através da escrita, sobretudo do soneto obscuro, é-nos, sim porque também eu sou da mesma corrente, como sabes, bastante doloroso e por vezes sentimos uma falta imensa de reconhecimento.
Como teu amigo, deveria dizer-te para te alegrares, para levares a vida como qualquer jovem da tua idade. Contudo, como apreciador da tua escrita, devo encorajar-te, aliás, acho que é minha obrigação, para que continues nesse caminho que tanto aprecio.
Devo porém alertar-te que não é um caminho fácil, é um caminho que nos provoca insónias, nos aflige e nos faz sentir um pouco (senão bastante) diferentes. Por vezes não nos compreendem, isso vai-te ser difícil. Mas lembra-te sempre: o problema não é teu, é dos outros.
Aconselho-te a uma coisa: antes de gostares dos outros, tens que gostar muito, mas mesmo muito de ti.
Obrigado por dares continuares aquilo que despertei em ti!
Dif.